segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Entender o tempo do outro...


O amor é, incontestavelmente, uma das mais extraordinárias criações de Deus para o homem... Aliás, Deus só criou o que é bom. Contudo, o homem, muitas vezes "perde tempo" com outras situações imperfeitas (portanto, não criadas pelo Papai do Céu) e se esquece de saborear as coisas realmente deliciosas...

O amor é uma das coisas mais deliciosas de se sentir, de se viver... O amor nos conecta com a Força Misteriosa que rege o universo e quando nos entregamos, nossa... é surpreendente o que experimentamos! Só quem provou é que sabe... Talvez algumas pessoas achem "metafísico" demais o amor e a partir disto não sabem se entregar...
Existem vários elementos que podem sinalizar o Amor. Se considerarmos, por exemplo, que ninguém ama aquilo que não conhece, já temos uma enorme pista que poderá nos levar à compreensão da sua essência.

Outro dia, ouvi dizer que "amar é saber compreender o tempo do outro".

Todos, sem excessão, temos "tempos" diferentes - e não me refiro aqui, necessariamente, à idade, mas à uma outra coisa bem maior: o tempo, o tempo de cada pessoa. E esse tempo é determinado a partir das experiências de cada um - não é por exemplo uma faculdade que vai garantir a "maturidade intelectual" de um individuo. Da faculdade de Engenheria podem sair tanto profissionais bons e competentes, quanto aqueles que construirão prédios que em pouco tempo começarão a ruir e desmoronar...

Voce já reparou que uma pessoa velhinha repete várias vezes a mesma história? É que o tempo dela é diferente do nosso... Ela acaba repetindo e repetindo porque o seu tempo é, no geral, mais lento... A minha mãe, por exemplo, que tem 62 anos de idade e há aproximadamente 12 anos passou por uma cirurgia para conter um aneurisma cerebral, assume ora a personalidade de quem tem 62 anos, ora a de quem tem 12 anos de idade... São dois "tempos" bastante diferentes... Um duplo desafiu! Embora, no começo eu achava que eram estranhas algumas das suas atitudes, hoje, que a compreendo, amo-a incondicionalmente, sem dúvidas, e ela é perfeita...

O amor é essência, não é excesso... Portanto, quando se experimenta o amor, o que é "casca" ou excesso, simplesmente cai, desfarela-se - incuisive a idade; permanece apenas o que é essencial.
Não compreender algumas atitudes do ser amado, é não compreender que é o amor... E isto é muito triste. A vida de quem não conhece o amor é vazia e abriga um monte de fantasmas. Compreender o outro e o tempo que ele necessita para realizar ou viver cada coisa é compreender que somos únicos e que, justamente por isso, somos especiais e merecemos ser amados...

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